Na sede da Famurs, os sócios Be220 reuniram-se com representantes da entidade e dos principais municípios da Campanha e Fronteira Oeste para apresentar seu novo produto: um aplicativo para o combate ao abigeato no Estado.
Diego Vilela (diretor executivo), Rafael Abreu (diretor de tecnologia) e Rodney Silva (diretor de negócios) mostraram em primeira mão o AbigeApp.
A solução permite a consulta de marcas e sinais de animais, para uso das autoridades de segurança no combate a crimes de abigeato, e possui o banco de dados para cadastro de marcas e sinais de animais, com armazenamento em nuvem, para uso das prefeituras municipais.
Totalmente desenvolvido com recursos próprios da Be220, o projeto será implantado em Dom Pedrito (RS), que é o primeiro município a contratar o serviço e a aprovar a legislação de digitalização de marcas e sinais no Rio Grande do Sul.
A partir de 2022, o aplicativo pode ser implantado em outros municípios que tenham interesse. Contatos pelo site abigeato.com e pelo e-mail contato@dev.be220.com.
Além da Prefeitura de Dom Pedrito, apoiam institucionalmente o projeto do aplicativo: o Instituto Desenvolve Pecuária e a Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Decrab/Bagé).
Aplicativo para consulta de marcas e sinais
A Secretaria Municipal de Agricultura de Dom Pedrito estima aproximadamente 3 mil marcas de animais registradas, entre bovinos, equinos e ovinos.
Segundo o município, o desafio é transformar um imenso livro impresso com marcas e sinais em um banco de dados em nuvem. Esse método de armazenamento é mais seguro e pode ser acessado de qualquer lugar do mundo.
O que o AbigeApp faz?
Desenvolvido pela Be220, empresa de tecnologia e design com sede em Porto Alegre, o aplicativo visa permitir que as autoridades de segurança locais possam fazer uma consulta em tempo real ao banco de marcas e sinais dos animais.
Em 2020, os crimes de roubo de gado no Rio Grande do Sul registraram mais de 5 mil ocorrências, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.
Para isso acontecer, será possível desenhar na tela do celular a marca encontrada no couro do animal e chegar até o nome e dados de contato do respectivo criador. O sistema irá procurar no banco de dados e exibirá as marcas mais semelhantes ao desenho feito.
Dessa forma, pela marca visualizada no couro do animal, será possível identificar o nome do proprietário rapidamente.
Como estas informações serão privadas e acessíveis somente por autoridades de segurança que sejam permitidas pelo município será possível disponibilizar o nome, endereço, telefone, WhatsApp, e-mail de contato, propriedades e marcas vinculadas àquele criador.
Com os resultados do aplicativo da Be220 em mãos, será possível identificar rapidamente a qual criador, propriedade e município os animais pertencem e isso irá agilizar a investigação em crimes de abigeato.
Buscas que envolvem deslocamento de profissionais até outros municípios na tentativa de identificar o responsável pelos animais poderão ser abreviadas. Bastará uma ligação por telefone direto ao proprietário para confirmar, por exemplo:
- se houve registro de desaparecimento de animais da sua propriedade nas últimas horas,
- ou se ele tem conhecimento de uma carga de animais com a sua marca de registro sendo transportados por determinada rodovia naquele dia.
Banco digital de dados para as prefeituras
Além do aplicativo para as autoridades de segurança, será disponibilizado o banco de dados em nuvem para a prefeitura fazer o cadastro de marcas, sinais, criadores e propriedades.
Para a alimentação frequente desse banco de dados, cada município pretende convocar os criadores para fazer um recadastramento das marcas e dos sinais.
Assim, todos vão atualizar o seu arquivo, retirando marcas em desuso ou reorganizando aquelas que mudaram de propriedade.
O aplicativo e as autoridades de segurança
Entre as autoridades de segurança que podem fazer uso do aplicativo, estão:
- as Secretarias Municipais de Segurança,
- as Secretarias Estaduais de Segurança,
- a Polícia Civil,
- a Brigada Militar,
- a Polícia Rodoviária Federal,
- a Vigilância Sanitária,
- a Inspetoria de Defesa Agropecuária, entre outras.
Já o uso do banco de dados de marcas e sinais pode ser realizado por prefeituras municipais, sindicatos, associações, frigoríficos, açougues, entre outros órgãos e instituições.
Com o desenho da marca, é possível identificar o criador
O maior valor do aplicativo está além do banco de dados em nuvem, mas, no cruzamento de dados e o “match” de informações entre o desenho feito pela autoridade de segurança no aplicativo e as marcas registradas.
Isso permitirá identificar rapidamente a qual criador, propriedade e município os animais pertencem e agilizar a investigação em crimes de abigeato.
Entre os resultados que pretendem ser alcançados, estão:
- maior agilidade na investigação de crimes rurais,
- aumento da rentabilidade,
- diminuição do prejuízo financeiro dos criadores,
- otimização de recursos humanos e financeiros dos órgãos de segurança municipais e estaduais.